Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil.
Brasília - No dia seguinte à conclusão da primeira etapa da votação do ajuste fiscal, com a aprovação da MP 665 na Câmara, que restringiu o acesso a seguro desemprego e abono salarial, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em entrevista ao Estado, agradeceu a conduta dos aliados e avisou que eles "serão interlocutores prioritários na construção do segundo escalão".
Segundo o ministro, "é evidente que as votações são parâmetros fundamentais para fazer escolhas" e "quem vota com o governo, especialmente nas votações relevantes, terá preferência". "Como disse o vice-presidente Michel Temer, é evidente que quem ajuda o governo, quem vota com o governo, quem sustenta o governo, governa com o governo e tem prioridade nas indicações", emendou.
Mercadante prometeu "acelerar" as nomeações para o segundo escalão, que disse que serão feitas principalmente nos estados, mas lembrou que elas não saem "de uma semana para outra" porque dependem de várias pesquisas e análises técnicas. Informou, no entanto, que "onde houve acordo na base" as nomeações já estão em andamento e já têm sido feitas, à medida que são aprovadas, mas sem data definida. Ele citou que já estão "bem avançadas" as escolhas em Sergipe, Piauí, Santa Catarina e Goiás.
Em relação a aliados como PDT, partido que fechou questão na votação contra o governo, Mercadante disse que houve uma "frustração" muito grande em relação a isso na base e avisou que o governo vai "avaliar o que houve para saber medidas necessárias, entender o que aconteceu e superar este tipo de situação". Questionado se o ministro do Trabalho, Manoel Dias, poderá deixar o governo, respondeu: "quem discute e define troca de ministro é só a presidente da República".
Sobre a possibilidade de as vagas que o PDT e partidos como PP (que também teve grandes dissidências) estão em busca, ficarem congeladas, o ministro respondeu: "neste momento, o reconhecimento que o governo tem é com aqueles que votaram com o governo, porque quem vota com o governo, quem sustenta o governo, governa junto". Mas ele não quis comparar à situação do PDT, que fechou questão contra o governo, com o PP, que o partido aprovou a proposta, mas houve divergências.
Só que, com a sua fala, o ministro sinaliza que os dissidentes vão mesmo para o fim da fila nas nomeações, como informou o Estado. De acordo com Mercadante, o governo ainda vai procurar os pedetistas para garantir votos para as próximas votações, assim como integrantes de todos os partidos. "O governo vai sempre em busca dos votos da base, para sustentar as posições do governo" comentou Mercadante, que fez questão de agradecer até os integrantes da oposição, que ajudaram a aprovar a MP 665. "O nosso agradecimento a eles", disse.
A presidente Dilma Rousseff também agradeceu aos parlamentares, líderes e ministros do governo que ajudaram a aprovar a primeira medida do ajuste fiscal. "A presidenta ligou para o vice-presidente e ministros que trabalharam intensamente e agradeceu. Eu liguei para todos os líderes. Há um reconhecimento do governo ao esforço importantíssimo que foi essa votação para a estabilidade econômica, para o avanço do ajuste fiscal, para a estabilidade da economia e a retomada do crescimento", comentou o ministro, acrescentando que a MP 665 "foi vitória importante por manter direitos sociais e ajustar distorções".
Mercadante minimizou as dissidências do PT nas votações. "O PT teve papel decisivo porque fechou questão e encaminhou votação", declarou o ministro, ao citar também a importância dos relatores das medidas. Para ele, o PT "assumiu sua responsabilidade de partido do governo e seu papel foi decisivo para coesão da base, para formar a maioria que se formou para se chegar à vitória".
Quanto ao próximo passo no Senado, ele não quis admitir que lá será mais difícil aprovar a medida. "Não posso dizer isso (que lá será mais difícil). Há uma percepção de todos os parlamentares da importância estratégica do ajuste fiscal", acrescentando que é intenção do governo, dos ministros e dos líderes dialogar o máximo possível com todos, inclusive com a oposição, para conquistar o maior número de votos.
Sobre ameaças veladas de parlamentares de que, se as nomeações não saírem até semana que vem, poderão votar contra o governo na MP 664, Mercadante fez questão de explicar: "não é essa a discussão. Estamos fazendo as mudanças do segundo escalão. Basicamente a negociação de segundo escalão está no âmbito dos estados. Nos estados onde houve acordo na base, as nomeações já estão muito avançadas. Já foram feitas indicações de nomes e estes nomes vão passar por uma pesquisa da Casa Civil para verificar se tem condenação, ficha limpa, processo. E, o nome sendo aprovado, vai para o ministério, que faz a nomeação. Alguns estados já tinham construído acordo na base. Goiás, Piauí, Sergipe, Santa Catarina, e mais um quinto estado, nestes, já havia um acordo integral, ou quase integral, com pequenos ajustes, para concluir processo e as nomeações já estão sendo feitas".
Questionado sobre o que acontecerá nos demais estados, onde não há acordo, o ministro respondeu. "Nos outros estados, onde não há acordo ainda, é porque são estados com bancadas grandes. Mas é evidente que também nestes casos (de nomeações) as votações são parâmetros fundamental para fazer as escolhas", comentou. E repetiu a tese de premiar quem votou pela aprovação do ajuste: "Quem vota com o governo, quem é da base, tem maior presença, especialmente nas votações relevantes, é claro que terá preferência. Esta é a leitura. É um agradecimento aos parlamentares que sustentam as coisas importantes para o país, que votaram por convicção, que sabem da importância do ajuste para a estabilidade econômica. Evidentemente o governo, grato a este posicionamento, eles serão interlocutores prioritários na construção do segundo escalão".
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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