quinta-feira, 26 de março de 2015

Lula foi quem polarizou o Brasil, diz criador do Vem Pra Rua Rogério Chequer no Programa Roda Viva


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ATIVISTA DIZ QUE MOVIMENTO SERÁ 'CAÇADOR DE PIZZAS'




O idealizador do Vem Pra Rua, o empresário Rogério Chequer, afirmou no "Roda Viva" da "TV Cultura" desta segunda-feira (23), que o período do PT (Partido dos Trabalhadores) no governo federal contribuiu para a atual polarização de extremos políticos na sociedade brasileira.


"Acho que isso veio em grande parte da atuação do PT nos últimos 12 anos e do ex-presidente [Luiz Inácio] Lula, nos discursos que ele sempre trouxe, de colocar um contraponto entre trabalhadores e empresários. Nós contra eles. Os ricos contra os pobres. Isso é lamentável, pois estamos em uma guerra de extremos no Brasil, e não precisa ser assim. Se quiserem colocar um lado contra o outro, seria os que pagam impostos contra os que recebem", disse, referindo-se à sociedade e a classe política, respectivamente. 

O movimento Vem Pra Rua foi criado em outubro de 2014 e atualmente é um dos principais grupos contra a atual gestão do governo federal. Além de mobilizar os protestos de 15 de março, já está agendando novos atos para abril.

Para Chequer, o movimento político pretende atuar como "caçador de pizzas", em alusão à possibilidade das investigações sobre a Operação Lava Jato e o escândalo da Petrobras não levem às punições dos culpados. Também discordou que estaria se concentrando apenas na oposição a Dilma.

"Nosso caminhão [no protesto em São Paulo, no último dia 15 de março] trazia os nomes de todos os acusados na lista do [procurador-geral Rodrigo] Janot. Queremos monitorar os processos de investigação e punição, que envolvem o governo, mas estão ligados ao Congresso. Será uma investigação neutra? Haverá interferência entre os poderes? Estamos criticando qualquer possibilidade de pizza, estamos nos colocando como caçadores de pizza", disse Chequer.

O empresário voltou a negar que o Vem Pra Rua prega o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Nenhuma das acusações traz bases que dariam início ao processo [de impeachment] como deveria, mas isso pode mudar a qualquer instante."

Chequer também rebateu acusações comuns de que o movimento é elitista, afirmando que 34% dos participantes da passeata na avenida Paulista, no dia 15 de março, eram de pessoas com renda de zero a dois salários mínimos; e que o Vem Pra Rua também é contra golpismo ou intervenção militar.

"Quando você marca [a data do ato], as pessoas vão às ruas também e não tem nada que possamos fazer pra evitar", declarou, referindo-se aos participantes pró-golpe.

Um dos fundadores do Vem Pra Rua, o empresário Rogerio Chequer começa a sabatina do Roda Viva de segunda-feira (23) explicando que todas as classes sociais têm um espaço no movimento. “Temos líderes de todos os tipos, todas as classes sociais pelo país. Temos médicos, empreendedores, donas de casa, desempregados, todos têm seu espaço no projeto”, diz.

Chequer foi questionado sobre o foco dos protestos ser o impeachment da presidente. “Discordo que estamos só concentrados na Dilma ou no governo federal. Pra quem estava nas manifestações, nosso caminhão estava coberto com todos os nomes da lista de Janot”. E continuou: “quem vê nosso Facebook, percebe que um dos nossos principais objetivos é monitorar os processos que ocorrem no poder. Estamos extremamente vigilantes para saber o que irá acontecer com essa investigação [Lava Jato]. Será que vai ser julgada de forma neutra?”, questiona.

O empresário analisa a onda de manifestações e protestos pelo Brasil, que ganhou uma nova força nos últimos anos. “As manifestações nunca foram coordenadas de forma sustentável, elas iam e vinham. A sociedade nunca se engajou por mais tempo; conforme a sociedade foi se conformando com a situação que vive, o momento do governo foi piorando. Nós acreditamos que a sociedade educa o governo. E nós temos vergonha de deter esse recorde de maior escândalo político da história do país”, salienta.

Experimental

Para Chequer, a manifestação do dia 15 [de março], além de ter atraído um número muito grande de adeptos, foi importante para mostrar que o movimento é organizado, afinal havia milhares de pessoas na Avenida Paulista, mas “não se viu uma vitrine quebrada” ou qualquer vandalismo do tipo, ao contrário do que pregam grupos anarquistas como os Black Blocs.

O momento do movimento Vem Pra Rua ainda é experimental, diz o empresário, salientando que é muito importante sentir como as ruas estão reagindo. “Existem inúmeros pontos em que ainda não tocamos, pois estamos querendo sentir o que a sociedade quer, e não partir pra um nicho específico. Queremos que a população comece a ficar confortável com esses movimentos, e que as pessoas entendam que é possível mudar algo desta vez”, afirma.



Chequer explica a ideologia do movimento que surgiu há seis meses. “A nossa estratégia e os nossos pilares serão os mesmos que eram no primeiro dia do movimento. Temos três pilares do Vem Pra Rua, exigimos uma separação entre poderes; exigimos liberdade de expressão e não queremos que ocorra a democratização da mídia”. Segundo Chequer, um dos maiores problemas para o combate à corrupção no país é a “interferência entre poderes”, o que gera uma “vergonha” para o povo e uma ameaça à democracia, quando o Executivo e o Judiciário se misturam, finaliza.

O líder do Vem pra Rua comenta a possibilidade de usar o movimento com um viés mais político, talvez até apoiando algum partido nas eleições do ano que vem. “Apoiar políticos que seguem premissas do movimento, pra 2016, é uma discussão totalmente presente em nossa pauta”, afirma.

A bancada de entrevistadores deste Roda Viva é formada por Mauro Paulino (sociólogo e diretor-geral do Instituto de Pesquisa Datafolha), Glenda Mezarobba (cientista política), Gabriel Manzano Filho (repórter do jornal O Estado de S. Paulo), Carla Jimenez (editora-chefe do jornal El País no Brasil) e Daniela Lima (repórter de política do jornal Folha de S. Paulo). O cartunista Paulo Caruso tem presença fixa e é responsável por desenhar caricaturas do convidado.

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

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