Ancara levantou, esta terça-feira, a proibição de uso do véu islâmico na função pública, uma medida polêmica que volta a dividir a sociedade turca.
No quadro de um amplo programa de reformas, o primeiro-ministro fez a vontade a ala mais conservadora do partido islamita no poder e levantou a interdição imposta por Kemal Ataturk, o pai da Turquia moderna. Para Recep Tayyip Erdogan, "levanta-se uma dolorosa interdição que causou muito sofrimento aos pais de muitos jovens. Chegou ao fim um período sombrio", concluiu o primeiro-ministro num discurso no Parlamento.
O levantamento da proibição foi bem recebido nos meios religiosos. Durante quase 90 anos, muitas mulheres não foram para a função pública por não poderem utilizar o véu. Uma professora recorda que, até ao final dos anos 90, foi muitas vezes penalizada por desafiar a lei. A utilização do véu islâmico valeu-lhe várias "admoestações, reprimendas e cortes no salário".
A oposição laica e uma boa parte da sociedade civil acusam Erdogan de estar a tentar islamizar a Turquia, uma das preocupações que deu azo à contestação violenta ao regime, que desceu às ruas este ano.
É um atentado contra o Estado muçulmano, mas laico, fundado por Ataturk, afirmam os detratores da nova lei que não conseguem sequer "imaginar uma funcionária pública de lenço na cabeça".
A islamização alemã é acelerada
Osvaldo Aires Bade
Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
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Aos poucos percebemos que é um fenômeno mundial uma radicalização no sentido de sufocar a liberdade, creio que o futuro seja marcado pela volta de regimes teocráticos e totalitários.
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