'BRUNA SURFISTINA' DE SÃO CARLOS (SP) RELATA PROGRAMA EM BLOG
Fonte: Site Folha Uol - http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/04/1270940-bruna-surfistinha-de-sao-carlos-sp-relata-programas-em-blog.shtml
30/04/2013 - 03h30
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO
Formada em Letras, Lola Benvenutti, 21, decidiu ser garota de programa
"Adorei conhecê-lo. Um homem extremamente gentil, doce e educado. Nota dez
pela barba, pelo perfume e pelos beijinhos."
A memória é fraca, admite, e Lola Benvenutti, 21, prefere guardar as
impressões da noite de sexo que passou com seu cliente no papel. Ou melhor, em
seu blog.
O caso remete ao da ex-garota de programa Raquel Pacheco, a Bruna
Surfistinha, que rendeu livro e filme.
Gabriela Natalia da Silva, nome de batismo, conta ter tido uma infância feliz
em Pirassununga, no interior de São Paulo, filha de um ex-policial e de uma
enfermeira.
Do colégio, passou direto no curso de letras na Universidade Federal de São
Carlos, com direito a bolsa de iniciação científica e notas altas.
Mas, no fim da faculdade, no ano passado, ela fez a opção de ser garota de
programa, ideia que ventilava desde a adolescência, diz.
"Gosto de sexo, é uma escolha minha, do meu corpo e não vejo por que não
posso ganhar por isso."
Perdeu a virgindade ao 13 anos por já considerar ser virgem "um fardo".
Chegou a fazer programas aos 17, mas o temor da reação de sua família a fez
suspender os planos --retomado no ano passado.
O blog, criado em março de 2012, traz relatos dos programas. Numa noite,
conta, foi contratada para uma festa de república, onde dançou e fez sexo com os
estudantes.
A fluência dos textos deixa evidente a formação de Gabriela. Lola, aliás, é
uma clara referência a obra de mesmo nome do escritor russo Vladimir Nabokov.
Em seu corpo, tatuou trechos de livros de Manuel Bandeira e Guimarães Rosa.
Nas fotos que publica no blog, veste-se de lingerie e salto alto, deixando
evidente as tatuagens, e o rosto de pele clara, batom vermelho, piercing no
nariz, cabelos negros e mecha clara na franja.
A única parte que dói é a família, que soube no fim do ano que ela era garota
de programa. A mãe não conversa muito com ela --"eu respeito o tempo dela"-- e o
pai, depois de seis meses de silêncio, aceitou ir à formatura.
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