segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Por que a imagem da vagina provoca horror?

Diante da origem do mundo, ela deu um grito

Ficheiro:Origin-of-the-World.jpg
L'Origine du monde (A Origem do Mundo em francês), de 1866, é um quadro pintado pelo realista Gustave Courbet a pedido do diplomata turco otomano Khalil-Bey, que solicitou ao pintor uma pintura que retratasse o nu feminino na sua forma mais crua, por ser colecionador de imagens eróticas. Aqui mais

Toda disfarçada de defensora da moral e dos bons costumes, eis a censura de volta. Acabam de proibir Monteiro Lobato nas escolas! A Academia Brasileira de Letras censurou uma teleconferência do professor Jorge Colli (Unicamp ) por ele ter mostrado o quadro A Origem do Mundo, que Gustave Coubert pintou em 1866? Então o Museu d' Orsay, em Paris, vai ser proibido aos estudantes brasileiros? O quadro está exposto lá. Continua proibida a biografia de Roberto Carlos, feita por Paulo César de Araújo, a do lutador Anderson e outros mais. De vez em quando censuram a internet em países como o nosso. 

COMENTÁRIOS DIVERSOS


Ana Maria Santeiro

Caro Deonísio, se houvesse cotas no tempo do Joaquim Barbosa haveria centenas de juízes e não apenas ele. Você não se tornou racista porque para você também era certo referir-se as pessoas negras daquela maneira. Mas o contexto mudou e as pessoas negras têm todo o direito de lutar pelo o que lhes parece ofensivo – e na maioria das vezes é – sobretudo o racismo sutil que muito de nós praticamos, sem sermos racistas confessos. Lembro-lhe que o CNE foi acionado para dar um parecer por um cidadão brasileiro. A resposta é de altíssima categoria e em nenhum momento se recomendou a proibição da leitura do livro. Mas chamou a atenção para o fato do que o "dinheiro público" não pode servir para comprar livros que demonstrem racismo. E o texto do Lobato é explícito. Numa democracia temos que encarar de frente estas questões e conflitos. Ninguém é imbecil por isto.


Se algum dia o Facebook me censurar, eu saio do FB e aviso o maior mundo de pessoas que eu puder para denunciar a transgressão constitucional. Nossa Constituição garante a liberdade de expressão!

Querida Ana Maria Santeiro, há 11 juízes no STF, 11 apenas! Não se trata de cargos para todos! Não são apenas as pessoas negras que têm o direito de lugar, são todas elas, não importa a cor! No Brasil meridional os favelados são brancos e têm olhos azuis, mas não são beneficiários de cota nenhuma! Esta questão é mais complexa do que externamos aqui em rápidos comentários. Para mim nunca foi certo referir-se a pessoas negras daquela maneira do ML, tanto que eu NUNCA as referi assim! Sem contexto, não há texto! Basta garantir aplicar a Constituição: todos são iguais perante a Lei. Ninguém pode garantir o que v. disse no primeiro parágrafo, está no reino de hipóteses jamais comprovadas. Rebouças, Vital Negreiros, Felipe Camarão chegaram aonde chegaram por quotas? Houve quota para Machado de Assis? Houve quota para Pelé, Garrincha, Coutinho, Didi? Eu não sou contra as quotas. Eu só as acho controversas e mal elaboradas e mal definidas porque formalizam o racismo no Brasil! Respeito todos os que pensam diferentemente de mim, de qualquer cor, e lamento que tantos governos se aparelhem assim: tem que ter x ministros mulheres, x negros, x índios, x isso, x aquilo. Não! Que ocupem os cargos o mais bem preparados, mas isso é impossível! Está aí o julgamento do século, o mensalão, transmitido ao vivo para todo o Brasil, com repercussões na imprensa mundial, demonstrando que os apoios a projetos eram comprados em dinheiro vivo, dinheiro público. E A COMPRA FOI FEITA POR PESSOAS NAS QUAIS VOTAMOS PARA MUDAR ESSE ESTADO DE COISAS. ELAS PIORARAM O QUE ESTAVA RUIM!


Não acho que a origem do mundo seja a vagina e sim o útero.Se não houver útero não haverá vida apenas sexo. Pq não pintar o útero? E o pênis? A obra de arte vale aos que valorizam-na.Não acho o quadro belo e realmente não me interesso pela origem e sim pelo agora.O local onde há muitos apaniguados reflete a falta do que fazer. É o caso da censura: muita gente à toa querendo aparecer.A educação do povo acaba com o preconceito.Vejam este belo ex: o funk foi considerado um movimento cultural por lei feito por Wagner Montes e Marcelo Freixo.Não gostei e acho que nem eles pois seus rebentos não não frequentam este ambiente do movimento cultural.Essa "cultura" eles não querem para os seus. O curral eleitoral do funk fez bem a eles.A educação muda tudo isso pois permite a discussão sobre o que ou não bom para as pessoas e não incomodaremos uns aos outros. Pênis e vagina: prazer e procriação. o humano é hedonista por natureza. Se ao segurar um palito tivéssemos o prazer do sexo não estaríamos aqui. Só sobrariam os palitos. 


Não sou muito de comentar aqui no Facebook e geralmente só posto bobagens. Mas, pra mim, foi impossível manter-me calada diante desse post. Nem li todos os comentários, na verdade só quero dar a minha opinião. Enquanto a sociedade (sim, porque, quem cala, consente, então a sociedade está a favor da censura, dessa censura) se preocupa em proibir Monteiro Lobato por causa de expressões da época, e censurar uma teleconferência porque vaio mostrar uma parte do corpo da mulher tal qual ele é realmente, as nossas crianças crescem cantando "eu quero tchu-tcha" e outros absurdos mais. Por mais que eu não ouça esse tipo de coisa em minha casa, tenho os filhos absurdamente bombardeados com esse falta de cultura brasileira, dançando esse tipo de música nas festas da escola. Enfim, os mais variados tipos de funk obscenos passam tocando em altíssimo som e ninguém vê a censura nessas horas. Quer dizer, nas escolas podem ensinar o "rebolation", mas as histórias de Lobato não pode? Onde está o absurdo aí?
Sobre as quotas, é um absurdo ainda pior alguns estudantes acharem que isso é um benefício, quando na verdade só estão priorizando a incapacidade do ensino brasileiro. Estão atestando que o estudante negro ou pobre é incapaz de raciocinar como um branco ou um estudante de classe média ou rico. E não há racismo em exigir igualdade na hora do vestibular. Na hora que você escreve seu nome, na hora da correção, vão ler seu nome e não sua cor de pele. E qualquer pessoa, seja de qualquer ensino público ou privado tem capacidade de passar numa federal. é só ela ir em busca por si mesma, quando sabe que não poderá contar com o governo por uma boa educação escolar. O negócio é os brasileiros se esforçarem pra serem melhores, aprenderem a votar melhor, se tornarem bons profissionais para formarem bons profissionais. Não que seja fácil, quando o próprio governo banaliza a educação, mas um cidadão consciente pode ir em busca do conhecimento por si mesmo. existem bibliotecas, vamos ler mais! Vamos acabar com isso. E voltando ao Lobato, ler um livro onde aparece a expressão "negrinho" ou sei lá qual seja (não lembro qual era a expressão) não vai fazer de uma pessoa racista se ela não for vítima de uma família racista. Sim, porque crianças que vivem em famílias preconceituosas são vítimas dessa família, aprendendo um comportamento que não deveria existir. 

ELIANE BRUM||
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)
Muitos anos atrás, não sei precisar quantos, deparei-me com o quadro A origem do mundo (L’Origine du Monde, 1866) e me encantei. Nele, o francês Gustave Courbet pinta uma vagina. Cheguei a ela desavisada e fui tomada por uma sensação profunda de beleza. Forte o suficiente para sonhar, deste então, com a compra de uma reprodução, um plano sempre adiado. Quando passei a trabalhar em casa, há dois anos, desejei ainda mais ter o quadro na parede do meu escritório, onde reúno tudo aquilo que me apaixona em um pequeno universo perfeito e só meu. No último aniversário, em maio, meu marido me deu a reprodução de presente. Só na semana passada, porém, o quadro chegou da vidraçaria onde fez escala para receber moldura. Então, algo inusitado aconteceu. 
Ouvi um grito:
- É o fim do mundo!
Eu estava no quarto e saí correndo, alarmada, para ver o que tinha acontecido. Encontrei Emilia, a mulher que limpa nossa casa uma vez por semana, com o rosto tomado por um vermelho sanguíneo, diante de A origem do mundo, que, ainda sem lugar na parede, jazia encostado em um armário.  
- É o fim do mundo! – gritava ela, descontrolada. – Nunca pensei ver algo assim na minha vida! Eliane, que coisa horrível!
Meio atordoada, eu repetia: “Não é o fim do mundo, é o começo!”. E depois, sem saber mais o que fazer para acalmá-la, me saí com essa estupidez: “É arte!”. Como se, por ser “arte”, ela tivesse de ter uma reação mais controlada, quando é exatamente o oposto que se espera. Beirando o desespero diante do desespero dela que eu não conseguia aplacar, apelei: “Mas, Emilia, metade da humanidade tem vagina – e a humanidade inteira saiu de uma vagina! Por que você acha feio?”.
O fato é que, para Emilia, era o fim do mundo – e não o começo. Tentei fazer piada, mas percebi que a perturbação não viraria graça. A questão para ela era séria – e ela só não pedia demissão porque trabalha há 12 anos comigo e temos um vínculo forte. Naquele dia, Emilia despediu-se incomodada e passei a temer que talvez ela não suporte olhar para o quadro a cada quinta-feira.
Por que Emilia, uma mulher adulta, que me conta histórias escabrosas da vida real, se horrorizou com a visão de uma vagina? Por que eu me encantei com a visão de uma vagina? Quando vivo uma experiência de transcendência, em geral eu não quero saber sobre a história da pintura que a produziu, porque temo perder aquilo que é só meu, a sensação única, pessoal e íntima que tive com aquela obra. É uma escolha possivelmente besta, mas faz sentido para mim. Por isso, eu quase nada sabia sobre “A origem do mundo”, para além do fato de que eu a adorava. Só no ano passado, ao ler um pequeno livro sobre um dos grandes nomes da história da psicanálise, o francês Jacques Lacan, soube que ele foi o último dono da pintura. Nos anos 90, sua família doou o quadro para o Museu D’Orsay, em Paris, onde está desde então. 
Graças ao estranhamento de Emilia, transtornada que foi pela experiência artística quando se preparava para passar o pano no chão, fui levada a um percurso inesperado. Descobri que A origem do mundo causa escândalo desde que foi pintada. E agora quem está horrorizada sou eu, mas pela ausência de horror em mim diante do quadro. Por quê? Por que eu não sinto horror? O que há de errado comigo que não sinto horror?, cheguei a me perguntar. De repente, nossas posições, a minha e a de Emilia diante do quadro, inverteram-se. Eu, que não compreendia o horror dela, passei a suspeitar do meu não horror.
Eis uma breve trajetória da obra. A origem do mundo foi encomendada a Courbet, um pintor do realismo, por um diplomata turco chamado Khalil-Bey. Colecionador de imagens eróticas, ele pediu um nu feminino retratado de forma crua. E Courbet lhe entregou um par de coxas abertas, de onde despontava uma vagina após o ato sexual. A obra teria sido instalada no luxuoso banheiro do milionário, atrás de uma cortina que só se abria para revelar o proibido para uns poucos escolhidos. Khalil-Bey teria perdido a pintura em uma dívida de jogo, momento em que a tela passa a viver uma série de peripécias. 
O quadro teve vários donos e, ao que parece, todos o escondiam atrás de uma cortina ou de uma outra pintura. Na II Guerra Mundial, algumas versões afirmam que chegou a ser confiscado pelos nazistas do aristocrata húngaro ao qual pertencia. Em seguida, passou uma temporada nas mãos do Exército Vermelho. Até que, após uma acidentada jornada, em 1954 foi comprado por Lacan e instalado na sua famosa casa de campo.
Até mesmo Lacan, um personagem pródigo em excentricidades e sempre disposto a chocar as suscetibilidades alheias, ocultava o quadro com uma outra pintura, encomendada ao pintor surrealista André Masson com esse objetivo. Como uma porta de correr, esse “véu” retratava uma vagina tão abstrata que só um olhar atento a adivinhava. Apenas visitantes especiais ganhavam o direito de desvelar e acessar a vagina “real”. Segundo Elisabeth Roudinesco, a biógrafa mais notória de Lacan, o psicanalista gostava de surpreender os amigos deslocando o painel. Anunciava então “A origem do mundo”, com a seguinte declaração: “O falo está dentro do quadro”. Boa parte dos intelectuais apresentados à tela ficava, como Emilia, bastante incomodada.
Por quê? 
Que há algo perturbador no órgão sexual feminino não há dúvida. Até nomeá-lo é um problema. Vagina, como tenho usado aqui, parece excessivamente médico-científico. É como pegar a língua com luvas cirúrgicas. Boceta ou xoxota ou afins soa vulgar e, conforme o interlocutor, pejorativo. É a língua lambuzada pelo desejo sexual – e, por consequência, também pela repressão. Não há distanciamento, muito menos neutralidade possível nessa nomeação. É uma zona cinzenta, entregue a turbulências, e a palavra torna-se ainda mais insuficiente para nomear o que Courbet chamou de “A origem do mundo”. Para Lacan, “o sexo da mulher é impossível de representar, dizer e nomear” – uma das razões pelas quais teria comprado o quadro.


Em busca de respostas para o horror de Emilia, que, por oposição, revela o meu não horror, naveguei por algumas interpretações do quadro – e da perturbação gerada por ele. Jorge Coli, historiador, crítico de arte e autor de um livro sobre Courbet para a editora francesa Hazon, assim comentou sobre A origem do Mundo, em um artigo publicado em 2007: “Parece-me a radicalização do processo de transformar a mulher em um objeto orgânico, pois ele esconde a cabeça (pensante) e os braços e pernas (elementos da ação). Vemos a ponta do seio e, sobretudo, o sexo”. Coli assinala que uma das questões do século XIX era a ameaça do desejo contida no feminino. Inerte, entregue à contemplação, a mulher não ameaçaria.



Em algumas manifestações escandalizadas, o fato de Courbet ter “reduzido” a mulher a um pedaço da anatomia foi considerado uma afronta. Uma mulher sem cabeça, sem braços, sem história. A pintura chegou a ser definida pelo escritor e fotógrafo francês Maxime Du Camp como um “lixo digno de ilustrar as obras do Marquês de Sade”. Análises mais psicanalíticas explicam o horror de quem olha pela castração. Diante do espectador, entre as coxas abertas da mulher se revelaria a ferida aberta, a falta, a impossibilidade de ser completo. As mulheres se horrorizariam pela constatação da castração, os homens pelo temor a ela. Se alguns olhares produzem pistas, outros reforçam apenas o incômodo que a obra produzia.



O efeito do quadro já foi tentado em fotografias de mulheres, em geral prostitutas, colocadas na mesma posição, mas o resultado revelou-se diverso. Ao transpor para a fotografia, não é mais a imagem de Courbet, mas outra. Até que, em 1989, uma artista francesa, Orlan, fez algo marcante – e com grande potencial para gerar polêmica – a partir da obra original. Ela reproduziu a pintura trocando a vagina por um pênis – ou a boceta por um caralho. E chamou-a de A origem da guerra. Olhar para essa imagem causa um estranhamento, especialmente porque a posição, deitada de costas, é muito mais íntima da mulher do que do homem. O pênis, no caso, se oferece ereto ao olhar, mas a partir de um corpo na horizontal, entregue.



É instigante, desde que a provocação não seja reduzida a um feminismo indigente, banalizado pela crença pueril do “a mulher gera a vida, o homem a morte”. A intenção de Orlan, segundo Roudinesco, era bem mais refinada. Ela “pretendia desmascarar o que a pintura dissimulava, realizando uma fusão da ‘coisa’ irrepresentável com seu fetiche negado”. Reivindicava então a “imprecisão do gênero e da identidade” que marca o nosso tempo, anunciando, por sua vez: “Sou um homem e uma mulher”.



O que se pode afirmar é que Courbet revelou o que está sempre coberto, oculto, escondido. No Carnaval brasileiro, por exemplo, como lembra a psicanalista Maria Cristina Poli em um artigointeressante sobre o feminino, tudo é exposto – e até superexposto – do corpo da mulher, menos a vagina. Mas a força do quadro não está só no “mostrar”. Há algo de incapturável e único na forma como Courbet mostrou o “imostrável”, já que a transposição da imagem para a fotografia não causa o mesmo efeito. E o que é?



Não sei.



A vagina pintada por Courbet é peluda como não vemos mais nos dias de hoje. A depilação quase total do sexo feminino tornou-se um popular produto de exportação do Brasil. Tanto que virou um dos significados da palavra “Brazilian” no renomado Dicionário Oxford: "Estilo de depilação no qual quase todos os pelos pubianos da mulher são retirados, permanecendo apenas uma pequena faixa central”. Pelo visto, a partir dos trópicos supostamente liberados e sexualizados, a vagina depilada virou um clássico contemporâneo.



Este é um ponto interessante. Ao primeiro olhar, a extração dos pelos serviria para revelar mais a vagina, mas me parece que este é mais um daqueles casos, bem pródigos na nossa época, em que se mostra para ocultar – a superexposição que ofusca e cega. A vagina sem pelos é uma vagina flagelada – e arrancar os pelos com cera é mesmo um flagelo. É também uma vagina infantilizada pela força. E é ainda uma vagina esterilizada, já que vale a pena lembrar que no passado recente essa depilação agressiva só acontecia nos hospitais para, supostamente, facilitar o parto. “Se não depilo totalmente, me sinto suja”, disse-me uma amiga. Suja?



Em janeiro de 2000, a atriz Vera Fischer exibiu sua vagina peluda em um ensaio fotográfico da revista Playboy. Causou furor. Falou-se na “Mata Atlântica”, na “Amazônia”, na “selva” onde sempre é perigoso penetrar. Havia algo de poderoso e incontrolável na vagina em estado “natural” de Vera Fischer, e a polêmica se fez. Era uma mulher não domesticada ali. Uma mulher adulta.



Não me parece – e nunca saberemos se tenho razão – que, se Courbet tivesse pintado uma vagina careca, ela teria causado tanto o horror de Emilia quanto o êxtase em mim. A vagina pintada por Courbet é uma vagina que revela. Mas o quê?



Não sei. A maravilha da arte é que ela nos transtorna sem a menor intenção de nos dar respostas – muito menos caminhos a seguir. A arte é sempre labiríntica. Não há sentimentos “certos” ou “errados” diante da expressão artística, há sentimentos apenas. Movimentos. Que nos levam por aí, aqui. É em respeito a essa ideia que decidi não colocar nenhuma imagem do quadro aqui, nem mesmo um link – ou um atalho – para a imagem na internet. A busca da origem do mundo é pessoal e intransferível. Assim como a decisão de buscá-la.



A obra de Courbet sempre foi oculta por uma outra pintura. Ou cortina. Exceto agora, que a exibição no museu deu a ela uma espécie de salvo-conduto, por ser ali “o lugar certo”. De algum modo, até então, a vagina mais famosa da História da Arte fora coberta por um véu – além do véu representado pela própria pintura.



Decidi não cobrir minha reprodução de A origem do mundo com uma burca. Vamos ver o que acontece.  

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)
Osvaldo Aires Bade - Comentários Bem Roubados na "Socialização"


Abraço e Sucesso a Todos
Olimpia Pinheiro 
Consultora Imobiliária E-Commerce
55 (91)8164-1073 (Tim)
55 (91)8862-1923 (Oi)
skype: olimpiapinheiro 
CRA-PA/AP 3698
CRECI-PA/AP 6312

olimpia.pinheiro@vendasbb.com.br





Blog: http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com

E-mail: cinenegocioseimoveis@gmail.com
Perfil no Facebook: http://www.facebook.com/#!/olimpiapinheiro22 (POR FAVOR ME ADICIONE)

Perfil no Twitter: @cinenegocios
Programação CINENEGÓCIOS no Facebook clique aqui:

1 - Se você precisar de informações sobre Venda e Negociação de Imóveis clique aqui:

2 - Se você precisar de informações sobre Consultoria em Gestão Organizacional: Interim Manager/Arquitetura da Inovação - Breakthrough clique aqui.

3 -Se você precisar de informações sobre Cinema Como Recurso Pedagógico clique aqui.

Um comentário:

  1. Amigos da página, conto com vocês em uma divulgação maciça.

    AMIGOS PATRIOTAS, POR FAVOR, ASSINEM E DIVULGUEM!
    TEMOS QUE ACABAR COM ISSO!!!
    VAMOS APOIAR O SUPREMO-STF!!!
    Uma manifestação fresquinha! Cidadãos! Ajudem a divulgar! Nossa meta é 20 milhões de assinaturas.
    Abraço a todos e parabéns!
    BRASIL FORA DO CRIME!!!
    http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=mensalao

    ResponderExcluir