Mala de viagem: é fundamental se informar sobre trâmites para liberação de mudança. João Marques, presidente-fundador da EMDOC, fala sobre os principais cuidados para que expatriação dê certo
O mau humor que tomou conta do mercado brasileiro tem gerado maior interesse em oportunidades decarreira fora do país. Palestras sobre imigração para o Canadá, por exemplo, têm tido recorde de público nos últimos meses.
Com habilidades valorizadas no mercado mundial, o Brasil é um dos celeiros de executivos para multinacionais. Em 2014, apenas a consultoria EMDOC foi responsável pela transferência de mais de 200 brasileiros por mês para o exterior.
Se o movimento de saída do país tem sido intenso, por outro lado, estrangeiros também têm encontrado as portas abertas no Brasil. Entre 2011 e 2013, o número de estrangeiros no mercado formal saltou mais 50%. Apenas no ano passado foram mais 51 mil autorizações de trabalho, segundo balanço do Ministério do Trabalho.
E tanto para quem planeja deixar o Brasil, como para quem está vindo trabalhar aqui, alguns cuidados são essenciais para que a expatriação dê certo, segundo João Marques, presidente-fundador da EMDOC. Confira os principais:
1. Pré-visita
“Empresas organizadas, quando convidam estrangeiros para trabalhar, permitem que o profissional faça uma pré-visita à cidade”, diz Marques. Segundo ele, esta estada de reconhecimento é importante para “quebrar” um pouco do efeito do choque cultural que mudança pode causar.
“Empresas desorganizadas geralmente pulam esta etapa que é tão importante para o profissional se familiarizar com o local”, diz o presidente da EMDOC.
2. Visto
A EMDOC não recomenda que profissionais comprem passagens ou fechem contratos de moradia antes de conseguirem o visto de trabalho. São comuns casos de executivos que começam a trabalhar ainda com visto de turismo - enquanto o processo de visto de trabalho está em tramitação. Isso não é permitido e, se houver fiscalização, o profissional pode ser deportado e a empresa e seus representantes legais punidos.
Para estrangeiros que vão começar a trabalhar no Brasil, marques explica que a lei não permite que o visto de trabalho seja retirado aqui. “Um americano que venha de Nova York para trabalhar em São Paulo recebe o visto no consulado de Nova York, entra no Brasil quando já tem o visto e aí vem a etapa no Brasil, quando retira o RNE, CPF, carteira de habilitação”, diz.
3. Estudo das diferenças culturais
“As diferenças culturais precisam ser levadas em conta”, diz Marques. E elas podem ser enormes. Por isso, investigar a cultura é uma das dicas mais importantes, segundo Marques.
“Uma vez fui receber um francês que havia trabalhado na Tailândia e estava de mudança para o Brasil. Ele me disse que por estar vindo de um país tão diferente como a Tailândia, tinha certeza de que se adaptaria facilmente no Brasil”, diz Marques. Este executivo, conta, não ficou mais do que oito meses por aqui porque não se adaptou.
4. Mudança
Com o visto em mãos e a transferência regularizada, o próximo passo é pensar nas principais providências: a mudança, o curso de idiomas, inclusive para os familiares, além do cancelamento das contas de consumo e contas bancárias.
Nesta etapa é fundamental se informar sobre trâmites para liberação de mudança, caso o profissional deseje levar móveis para a sua nova residência. “No Brasil, a Polícia Federal libera apenas com a apresentação do visto”, diz Marques.
5. Adaptação
Mais crítica do que toda a burocracia da expatriação é a questão familiar, segundo o especialista. É preciso levar em conta o potencial de adaptação de filhos, mulher, marido.
“Problemas de ordem familiar afetam a capacidade dos profissionais de se incorporarem definitivamente ao negócio”, diz Marques. Se a família está infeliz, a produtividade é afetada e pode comprometer o sucesso da movimentação.
6. Preparação da equipe
A aceitação e o empenho da nova equipe em receber o expatriado vão facilitar o trabalho do expatriado. “As empresas organizadas fazem essa preparação, informando para a equipe os ganhos da contratação do estrangeiro”, diz Marques.
Importante para o expatriado é transmitir aos seus subordinados os conhecimentos que ele vai trazer para a empresa. A aproximação com colegas de trabalho deve ser uma das primeiras atitudes do expatriado no seu novo local de trabalho.
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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